Esse fígado

Eu, até eu, tô achando difícil acompanhar os acontecimentos na minha vida. É cada um, viu? Todo dia é algo novo.

Logo que saí do hospital, sem dores no fígado e com dor na perna, já saí levando comigo receitas especiais, de tarja preta, pra não sentir mais nada.
Não senti mesmo.

Mas, do nada, aquele prurido que me deixou com o corpo todo machucado -- de tanto eu coçar, sem sucesso --, voltou. Não me aguentava, e minha barriga parecia inchar.
Com dois dias, eu estava 2kg mais pesada, o que era impossível ter acontecido se não tivesse algo por trás.
Tive febre, febre alta, de 40ºC e, também sem sucesso, não consegui comunicar o meu médico hepatologista sobre o ocorrido.

Pra que o médico ter celular, nitidamente atender seu telefonema sem querer, desligar, e nunca mais atender, né? Me senti um pouco desamparada, mas dei meus pulos e a febre cessou.
Mais um dia se passou, e no outro, tive febre, novamente.

Ontem, quando fui ao meu oncologista, era óbvio que eu não estava bem. Fiz exames de sangue para ver meu fígado, o vilão da vez.
Minhas bilirrubinas e albumina estão alteradas, por isso o bichinho não se recuperou.
Aí, além da barriguinha, que estava totalmente inchada, os pés e as pernas resolveram aderir à moda, e ficaram lindos, imaginem.

Hoje fui ao meu hepatologista, fiz exames de imagens, que mostraram que tudo tá onde deveria estar, graças a Deus.
Peguei mais algumas receitas médicas, tô tomando uns 10 remédios, sem mentira, incluindo vitamina na veia.

Próximos exames marcados para domingo. Até lá, meu povo!
Beijão