Quem sou eu

Eu me chamo Lara Ferreira Rocha e tenho 25 anos. Sou dentista, paciente oncológica, e moro em Fortaleza. Tenho muita história pra contar...
Em agosto de 2008, fui diagnosticada com câncer no abdômen. Meu tipo é raro, um tumor desmoplásico. Como ele, eu sou rara também. Sou animada com a vida, tenho fé em Deus, sou engraçada, sorridente, feliz, simpática e tantas vezes ingênua.
Conto, aqui, algumas de minhas novidades, além de escrever o que penso, o que vejo, o que sinto.

Eu penso muito no amor, com certeza.
Espalhe todo bom sentimento por onde andar, ame você também!



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A dor - Parte I

No dia 4 desse mês, eu assiti a uma palestra de uma criatura doce. Conheço sua família, e já por isso admiro a todos, que sempre andam juntos, unidos há tanto tempo: um jovem casal com dois meninos -- todos lindos.
O Herbet Fernandes tem esse nome estranho mesmo, mas as palavras são de sua autoria. Eu sinto que a palestra foi muito mais divertida do que o texto aqui redigido por mim, porque peguei a cópia dele e não gravei nada -- o discurso anima. Além do que, tive que retirar algumas partes do original (que fala de reencarnação), para poder se adequar a todas as crenças.
Espero não ter estragado nada por aqui. Ah, vou fazer citações no decorrer do texto.

❝Em nossa visão estreita e imediatista, entendemos a dor, seja ela física, moral, espiritual ou coletiva, como uma punição divina ou como injustiça, por não nos acharmos merecedores dela. Aí vem a pergunta: “Por que eu?”

Sinceramente, eu nunca pensei nisso. Por que eu, por que não eu? Isso faria diferença? É isso e pronto, eu até esqueço que estou “doente”, porque não é assim que me sinto.
Acredito que a maioria pense assim, mas não acho correto. De toda forma, quem sou eu para criticar? Cada um sabe o que passa em si, mas cada um tem a cruz que pode suportar.

❝A dor, como sabemos, pode ter causas (...) quando violamos as leis de Deus, ou (...) quando caímos em armadilhas de nossa imprevidência, orgulho ou ambição e, por conseqüência, sofremos (...). Tudo gerado pelas nossas atitudes, pelo nosso mal proceder.
Todos nós, em algum momento, nos deparamos com a dor. E, na maioria das vezes, é ela quem nos reajusta no caminho, nos aproximando do Pai.
Deus, que é soberanamente justo e bom, criou leis que são perfeitas. Quando vivenciamos essas leis, ficamos equilibrados e somos felizes. Todas as vezes que violamos essas leis, entramos em desequilíbrio. Para nos reequilibrarmos, é necessário que nos reajustemos a elas. Esse reajuste pode se dar pelo amor ou pela dor. Como nossa capacidade de amar ainda é muito limitada, acabamos por nos reajustar através da dor, que tem uma função educativa, jamais punitiva.❞

Verdade mesmo. Eu achei que fiquei bem mais feliz quando tive esse encontro, e hoje li, num exemplar da SUPERINTERESSANTE, que a gente já nasce "acreditando" em algo maior, como um deus: é genético.
Vocês sabiam?

❝A dor será sempre proporcional ao “estrago” que fizermos em nós mesmos pelo mau uso do nosso livre-arbítrio, que nada mais é do que a possibilidade de fazermos nossas próprias escolhas. Ao ferir o próximo, o mal retorna para junto de nós, pois fica gravado em nossa consciência. A dor é, então, um mecanismo natural da vida que tem, por objetivo, a educação do indivíduo.❞

Se eu pensar assim, pelo amor de Deus, o que eu realmente teria feito pra ter um câncer, né, gente? Que mal foi esse?? Mas eu acredito em reencarnação, e algo de muito obscuro e que eu não nem quero saber, pode ter explicação aqui.
Mas, no fim, muitos dos males que a gente faz, ficam em nós mesmos, nas nossas consciências. Como quando eu falei aqui do perdão, que a gente precisa se perdoar antes. Olha o tempo que eu perdi me maltratando, sem conseguir isso. As nossas atitudes pesam, pelo menos se você não for um mau caráter convicto.

❝Todo sofrimento é uma doença da alma em desajuste. A dor é o remédio amargo que desperta no ser, que desperta em nós, a necessidade de transformação. Como mostrar às pessoas a finalidade da dor, se normalmente nos sentimos tão aflitos por ela?
Leon Denis afirma que “a dor será necessária enquanto o homem não tiver posto seus pensamentos e deus atos de acordo com as leis eternas. Somos os arquitetos de nossa vida. Se temos essa consciência, devemos trabalhar hoje por um amanhã melhor”. Diz, ainda, que todos somos responsáveis por nós mesmos e, de certa forma, por toda a humanidade. Gerando para nós e ou para o mundo, infortúnios e ou alegrias de acordo com nossa consciência e com as escolhas que fazemos no decorrer de nossas vidas.❞

Muitas pessoas talvez achem isso ingênuo, porque não é o que conseguimos enxergar no mundo. Nem no atual nem na antiguidade. Quantas pessoas cheias de ódio, malvadas, não vivem aí, 90 ou 100 anos? E gente boa, que salva vidas, morre cedo?
Talvez essas pessoas “ruins” estejam, simplesmente, ganhando mais tempo para ver se melhoram. Quem sabe?

Certo, por hoje é só. Ainda vai ter mais do Herbet, ok? Voltarei em breve.

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