Quem sou eu

Eu me chamo Lara Ferreira Rocha e tenho 25 anos. Sou dentista, paciente oncológica, e moro em Fortaleza. Tenho muita história pra contar...
Em agosto de 2008, fui diagnosticada com câncer no abdômen. Meu tipo é raro, um tumor desmoplásico. Como ele, eu sou rara também. Sou animada com a vida, tenho fé em Deus, sou engraçada, sorridente, feliz, simpática e tantas vezes ingênua.
Conto, aqui, algumas de minhas novidades, além de escrever o que penso, o que vejo, o que sinto.

Eu penso muito no amor, com certeza.
Espalhe todo bom sentimento por onde andar, ame você também!



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Com Deus me deito, com Deus me levanto

Assisti a uma palestra sobre a evolução do pensamento em Deus.
O palestrante, estimulado com tantas perguntas, fez uma intrigante: "Deus, para você, é o mesmo Deus que era há dez anos?"
Algumas afirmaram que sim.

Honestamente, minha única visão era a de um criador, era o papai do céu. Era um pai e pronto. Não lembro de mais nada. Acho que eu nem raciocinava sobre o assunto. Haviam me imposto isso, e eu aceitava. Deus era bom, com certeza, mas eu não sabia o bastante sobre o assunto.
Nunca, disso eu tenho certeza, nunca achei que Ele me castigasse com algo, ou o culpei por acontecimentos ruins. Fora da minha realidade.
Eu lembro que rezava, sim. Não toda noite, mas rezava. Tinha até uma oração feita, que eu repetia "Meu anjo da guarda, meu bom protetor. Guardai a minha alma pra Nosso Senhor".

Em dez anos, a evolução do meu pensamento sobre Deus nãoi a mesma.
Ela, como o nome diz, evoluiu. Eu evolui.
Esse tempo todo passa e tem gente que responde que sim?? Quer dizer que a pessoa é a mesma??

Deus continua lá, no cantinho dele. Ele não se modifica, isso é coisa pra nós fazermos.
Nossa imagem de como Ele é, em nós, simplesmente não pode ser idêntica! Isso significaria que nós também continuamos idênticos, que não nos transformamos.

Espero repetir indefinidamente que Deus não é o mesmo nem de ontem pra hoje, pra mim. A cada dia espero ser melhor.
A minha representação divina, neste momento, é tão excitante! Não consigo revelar, por meio de palavras, o que sinto, o que vivo! Nada parecido com antigamente.

E Deus, pra você, é o mesmo há dez anos, ou sua ideia mudou?

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Em São Paulo :)

Cheguei!
Poxa, pra variar um pouco, eu superanimada pra vir pra cá, fazer coisas novas, diferentes, e ver meu médico e saber como estou!! Na verdade, espero levar pra casa só a prova de que está tudo bem, porque eu me sinto muito bem. :)

Saí cedo de casa, já com aquela máscara bico-de-pato no rosto, pra entrar no aeroporto. Tudo bem, é estranho, mas enche o saco! Ai, foram quase 5 horas apertando minhas bochechas e me sufocando, pra não respirar os ares dos aeroportos de Fortaleza e São Paulo.
Me senti tão livre quando pude descobrir minha face!

Almoçamos na casa da minha tia querida, e ficamos descansando até a noite, depois fomos ao shopping.
Fomos em uma loja de maquiagem e saí de lá me sentindo horrorosa, pálida, sem graça total. Nem aguento isso!! (risos)

O clima, por hoje, foi ótimo. Esperava um frio danado! Mas já me disseram que, a partir de amanhã, a chuva vai rolar... Já pensou??

Eu sei é que a gente chega aqui, o consumismo acelerado, dá um desânimo voltar pra casa e não ter uma comprinha sequer pra jogar na cama e ficar olhando!! (As mulheres me entendem, com certeza!)

Ontem eu li, não necessariamente assim: É preciso ter, no coração do homem, o princípio do bem e o horror ao mal.

Beijos, boa noite!

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Ajuda-te, e o céu te ajudará

Pensar, pensar, pensar é difícil. Criar uma nova redação aqui requer uma reflexão que só chega, normalmente, quando eu estou prestes a dormir. Aí não durmo, óbvio, querendo não esquecer o que acabei de lembrar.

Meus acontecimentos não estão mais dando tantas notícias, e isso é bom, por um ponto: nota-se que eu não passo mal, não tenho crise alguma, não fico doente. Ou o contrário: porque estou sempre bem, me sentindo a supersaudável, tomando poucos remédios entre os tratamentos.
Dormir é meu calcanhar de Aquiles, porque sempre gostei de dormir, então essa vontade só se ampliou, mas eu me sinto mesmo disposta pra muitas coisas. Gosto de sair, de ficar conversando, de mexer no blog, de pesquisar o que for novo, de namorar, de festejar... como uma pessoa normal.

Eu não canso, nem vou cansar de dizer: uma pessoa que tem câncer tem suas limitações, claro, mas é você quem impõe seus limites. Não vou pra um lugar cheio de pessoas doentes, como a emergência de um hospital, porque não quero ficar doente. Não vou andar na praia, sem proteção, porque minha pele vai ficar cheia de manchas. Pronto, é só colocar um protetor com proteção solar total, que dá certo. Não precisa se trancar em casa se você sente que pode ter uma rotina mais agitada.

No começo não dá, realmente, ter a vida que sempre se teve. Você fica meio baqueado, a imunidade passa de 100 pra quase 0, tudo o que acontece é mais devastador, mas isso passa como as horas passam.
O meu caso foi bem típico mesmo. Eu estava aqui, me sentindo a melhor de todas, mesmo com a dor na perna. Recebi o diagnóstico de câncer, tudo ok. Fiz uma cirurgia no outro dia, tudo ok. Fui pra São Paulo e recebi meu diagnóstico definitivo, fiz outra cirurgia, e depois já estava terrível. Fiquei só na vontade de viver: não conseguia comer, vomitava só de olhar pros remédios, nem dormia. Depois de cinco dias, fiz a primeira sessão de quimioterapia, e pensei que não fosse sentir nada ruim. No dia seguinte arrisquei comer comida de gente que se preze -- antes era só sopa, sopa, sopa! -- e já fiquei enojada com tudo o que via. Era um abuso só. Você fica estressada e seu corpo reflete esse sentimento, fica um saco... Mas daí você se acostuma com os horários, com as alimentações, com os exames, e daqui a pouco tá tranquilona como sempre foi.

Pode-se ter um cuidado extra, mas eu acho que não adianta ter medo, e se gastar com a prevenção de algo que não está no seu poder de decisão. Como eu fui ter um câncer? Sei lá, tá no DNA. Tenho uma irmã gêmea idêntica que sempre viveu uma vida praticamente idêntica à minha, bem sedentária e com os mesmo costumes, no mesmo ambiente, e não teve câncer. E agora, como pode? Não tá no DNA?

Se eu pudesse ter escolhido, eu não teria dito: "Quero causar esse transtorno a todo mundo, à minha família, meus amigos, meu namorado..." Como eu não posso, adianta eu aceitar o que me vem, e lutar pra que tudo termine, pelo menos, do jeito que eu quero que termine: saúde recuperada e câncer fora de mim. "Ajuda-te, e o céu te ajudará" são palavras sábias.

E isso é aceitar sem reclamar mesmo, uma submissão assumida: a revolta não é considerada. E revolta entristece, eu sou é feliz!

Evangelho: "A confiança nas próprias forças torna capaz de executar coisas que não se podem fazer quando se duvida de si. (...) A verdadeira fé se alia à humildade; aquele que a possui coloca sua confiança em Deus mais do que em si mesmo, porque sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, não pode nada sem Ele."

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Mais alguém?

Esse diagnóstico tão chocante mexe com a cabeça de qualquer um, mas cabe a nós respondermos de maneira adequada.
Quando eu digo adequada, essa palavra assume outros tantos significados: alegre, decidida, humilde, submissa à vontade de Deus, confiante, otimista...

Eu falo que tudo que acontece me toca, e não exagero. Não consigo ver uma carequinha sem me emocionar, todo mundo já sabe. Mas fico mais agradecida ainda se encontro alguém como Elis Rejane, que consegue, também, ver tudo de bom que pode acontecer.
Disponibilizo, aqui, slides criados por ela, passando uma linda mensagem de superação, de auto-conhecimento: Aprendiz.

Falo de mim, mas acho que todos -- que passam pelo que estamos passando -- criamos esse desejo de disseminar o amor, sabia?

Evangelho: "E todos vós que podeis produzir, dai; dai o vosso gênio, dai a vossa inspiração, dai o vosso coração, que Deus abençoará."

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D16S12


Boniitoos!

Estou alegre, só me sentindo bem.
Sabe que semana que vem já é a próxima e última quimioterapia, se Deus quiser?

Mudei o blog e me apaixonei por esse design.

Pensei um pouco ontem à noite, sobre o que me acontece. São muito frequentes esses pensamentos... :)
Mas uma coisa que me veio à mente foi que eu não posso negar o câncer, nem tudo o que aprendi por causa dele. Com ele, aprendi a amar a Deus sobre todas as coisas. O amor de Deus ganha do amor material, do amor aos outros, do amor à mim mesma.
Talvez, e muito provavelmente, sem essa prova, eu continuaria a ser a mesma cristã que fui até um tempo atrás, menos crente e esperançosa.

Domingo eu acordei cedinho e fui pro centro espírita onde faço as cirurgias espirituais. (Não vou entrar em mais detalhes, porque alguns não acreditam nisso. Eu acredito e tenho muita fé.)

Antes de entrar na salinha isolada, onde a "cirurgia" realmente é feita, ficamos em uma sala maior, onde toca, sem parar, músicas que remetem a Jesus, a Deus, e a essas maravilhas todas. É um clima legal.
Como é de se imaginar, eu -- e acho que todos que estão ali -- fico em oração desde antes de chegar, pra estar bem receptiva. Nas diferentes salas isoladas, ficam os médiuns e os ajudantes, como se fossem os médicos e enfermeiros da ocasião.
Quem faz mais de uma cirurgia espiritual, vai pro mesmo médium todo retorno, pra ele fazer um acompanhamento. Ao entrar na salinha, minha médium -- incorporada -- me recebeu com um: "Eu estava só lhe esperando." E completou: "Hoje eu só vou ver como você está."
Me virou e desvirou, observando todo o meu corpo, e disse: "Você está ótima, não precisa mais de cirurgia, nem precisa de energia."
Em outros tempos, eu choraria ali na hora, mas já estou mais calma, porque é nisso que eu acredito cada dia mais.

Depois de um ano, estou tendo férias e podendo aproveitar. Quero e pretendo fazer tudo o que tenho pendente.
Minha primeira tarefa resultou num dia agitado, porque hoje é aniversário de mamãe, e fomos atrás de comprar enfeites e o necessário pra um jantar.
Fiquei muito feliz por mamãe ter se rendido aos nosso pedidos, está completando 50 anos e não queria comemorar!! Tínhamos que fazer isso.

Evangelho: "Pode-se ser caridoso mesmo com os parentes, com os amigos, sendo indulgentes uns para com os outros, em se perdoando as fraquesas, em tendo cuidado para não ferir o amor-próprio de ninguém. (...) No coração dos infelizes, o amor segue de bem perto o ódio."

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A Fé, mãe da Esperança e da Caridade

A fé, para ser proveitosa, deve ser ativa; não pode adormecer. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, deve velar atentamente pelo desenvolvimento das suas próprias filhas.

A esperança e a caridade são uma conseqüência da fé. Essas três virtudes formam uma trindade inseparável. Não é a fé que sustenta a esperança de se verem cumpridas as promessas do Senhor? Porque, se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que vos dá o amor? Porque, se não tendes fé, que reconhecimento tereis, e por conseguinte, que amor?

A fé, divina inspiração de Deus, desperta todos os sentimentos que conduzem o homem ao bem: é a base da regeneração. É, pois, necessário que essa base seja forte e durável, pois se a menor dúvida puder abafá-la, que será do edifício que construístes sobre ela? Erguei, portanto, esse edifício sobre alicerces inabaláveis. Que a vossa fé seja mais forte que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, pois a fé que não desafia o ridículo dos homens, não é a verdadeira fé.

A fé sincera é dominadora e contagiosa. Comunica-se aos que não a possuíam, e nem mesmo desejariam possuí-la; encontra palavras persuasivas, que penetram na alma, enquanto a fé aparente só tem palavras sonoras, que produzem o frio e a indiferença. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para transmiti-la aos homens; pregai pelo exemplo das vossas obras, para que vejam o mérito da fé; pregai pela vossa inabalável esperança, para que vejam a confiança que fortifica e estimula a enfrentar todas as vicissitudes da vida.

Tende, portanto, a verdadeira fé, na plenitude da sua beleza e da sua bondade, na sua pureza e na sua racionalidade. Não aceiteis a fé sem comprovação, essa filha cega da cegueira. Amai a Deus, mas sabei porque o amais. Crede nas suas promessas, mas sabei por que o fazeis. Segui os nossos conselhos, mas conscientes dos fins que vos propomos e dos meios que vos indicamos para atingi-los. Crede e sperai, sem fraquejar; os milagres são produzidos pela fé.

(José, Espírito protetor. Bordéus, 1862)

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Melhorar a atitude é responder melhor

Muitas coisas não têm explicação. Às vezes eu fico pensando no meu diagnóstico, como tudo aconteceu. Não dá pra falar nada. Um negócio tão diferente, que não atinge mulheres, um tipo tão raro foi se desenvolver em mim?
Um tipo tão raro foi se desenvolver em mim!

Eu não vou dizer que me preocupei como deveria, porque não o fiz. Eu me preocupei com os meus pais, com um sofrimento que eu estava causando a eles -- e aos que estavam perto de mim --, por me verem com essa doença.

Como eu sempre digo, o começo é difícil, porque é o desconhecido. O corpo nunca recebeu drogas tão pesadas, e precisa se acostumar a isso, de uma hora pra outra.
O câncer é mesmo um mistério, mas quem muda tudo somos nós. A mudança de atitude faz diferença!

Evangelho de hoje: "Tem confiança no bom Deus, que fez a felicidade e permite a tristeza!"
Todos nós crescemos na tristeza. Se fôssemos felizes a todo momento, não mudaríamos em nada nossa visão de mundo, e não desejaríamos o progresso.

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Feliz com tuuudo!

Nesses últimos três dias eu andei pela cidade toda resolvendo meu TCC e encontrando carinhas conhecidas e queridas, mesmo sem querer.
Estava quase digitando 'ao acaso', mas que acaso maravilhoso é esse?
Mesmo com tantas coisas, eu tive tempo para mim. Para me divertir e encontrar amigos que não via há um tempo. Mesmo sem planejar, vi outros, que me fizeram feliz também.
Acasos agradáveis esses, hein?

Passei, numa dessas idas e vindas, no Hospital Monte Klinikum, para ver uma das pessoas que conquistou meu mole coração. Depois de abraços e palavras de carinho, ouvi que ela gostaria de me apresentar a alguém que não estava assim, como dizer, tão animado com a vida.
Uma bênção é servir de exemplo, porque eu sou ingênua e, às vezes, preciso de alguém para me mostrar coisas que estão mais que evidentes.

Hoje fiz minha quinta cirurgia espiritual. Acho que a incredulidade existe, mas, na minha cabeça, é mais uma prova de fé.
Da médium escutei palavras que me emocionaram, e que só eu sei o que significam.
Eu sei que eu posso ajudar de qualquer forma. Não precisa ter dinheiro, não precisa ser um gênio, só é preciso ter vontade.
E olha, ela me disse que eu ajudo só em sorrir, em ser simpática, porque ela vê que, em mim, não existe tristeza. Eu ajudo com as minhas palavras, e devo distribuí-las a todos.
Não, disso eu não sabia. Eu não sei como somente o meu modo de encarar a minha vida reflete na vida dos outros, mas eu achei lindo. Chorei, chorei demais.
Eu sei que ainda tenho muito, muito, muito o que fazer por aqui.

Hoje ainda fui pro sítio de uma pessoa que desconhece (ou desconhecia) o que eu tenho, e achei superengraçado porque ela nem percebeu. Fui de chapéu, por causa do sol, e acabei não tirando, para não assustar ninguém.
Daqui a pouco ela fala de câncer, de não sei o que, e eu olho com a maior cara de "Ele nem sabe de nada!" -- e parece que não era o único. Juro que morri de vontade de tirar o chapeuzinho, porque estava apertando um pouco, mas fiquei com vergonha alheia e não quis constrangê-lo.
Acho que tô enganando bem, viu!

Ah! Meus exames pré-quimioterapia tiveram um resultado ótimo e, se fosse só por isso, minha quimioterapia começaria amanhã, certamente.
Só estou esperando uma resposta do meu plano de saúde, que achou, sei lá como foi isso, que a medicação era demasiadamente diferente. O que eu entendo por não tradicional e praticamente não utilizada, né? Enfim, espero que eles liberem e eu possa começar o novo tratamento.
Dessa vez, como já revelei, a quimioterapia será aplicada por 5 dias seguidos, o que implica em dizer que um dia de atraso equivale a uma semana.

A verdade é absoluta: ao invés de sofrer, eu escolhi me apaixonar por Deus, me apegar à família, me ater à fé, me prender ao amor e tentar expandi-lo, vestir a camisa-de-força de cor verde esperança e hastear a bandeira da paz interior.
Todos deveriam fazer isso, preferencialmente quando não existem motivos para sofrer... mas é tão difícil mudar por conta própria!
Esse sofrimento acaba sendo um empurrãozinho que te levará para longe, e os agradecimentos serão incontáveis!

Evangelho: "Se não amais senão aqueles que vos amam, que recompensa tereis? [...] E se vós não saudardes senão vossos irmãos, que fazeis nisso mais que os outros?"

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Hoje eu conto...

Bem, ontem meu dia não foi lá essas coisas. Desde umas 5 horas da tarde, uma dor tomou conta da minha cabeça. Tentei dormir, mas só consegui mesmo ficar deitada, descansando.
Levantei e fui comer, achando que era fome. Não passou.
Lá pelas tantas, pouco antes da Ana Carolina sair do BBB, me deu um enjoo repentino e fui correndo pro banheiro. Depois que ela saiu, isso aconteceu de novo.
É chato fica assim, né? Ainda tentamos falar com o meu médico e quase paro na emergência do Monte Klinikum, mas consegui falar com outro profissional e me mediquei aqui em casa mesmo.
Já ia perder minha aula por causa da consulta pela manhã, mas foi aí que desencanei de verdade.

Na hora marcada, fui ver o dr. Ormando. Foi beeem tranquila a consulta, nem falamos sobre o que vamos fazer, porque ele ficou de entrar em contato com o médico de SP -- dr. Buzaid --, para resolver de vez minha situação.
Disse que estava muito animada, e ele: "Por que vai ser a última?"
TOTAL!!
Não é a última em definitivo, mas é o começo do fim do tratamento.

Daí ainda fiquei no hospital até mais de 1 da tarde, porque meu médico me mandou pro oftalmologista, e eu não fui pro atendimento também. Foi uma folga só!

Não vou mais fazer a quimioterapia amanhã, provavelmente só na quinta-feira, porque um dos medicamentos está faltando no Brasil devido a um desembaraço aduaneiro, mas encontraram e vão mandar pra cá.

E no meio do meu cochilo da tarde, recebi o telefonema de uma repórter. Ela havia lido o blog e queria que eu participasse de um programa da TV Diário. Falei que não, mal conversei e disse que não rolava, nunca gostei de aparecer assim.
Quando acordei, comecei a pensar sobre isso, sobre não ter perguntado nada, e falei pra Bel. Ela ficou toda alegre, me empolgou pra ir, disse que sou "nova, tenho um tipo raro e ainda vivo feliz, diferente de muitas pessoas."
Mamãe disse que "vou ser famosa e tenho que me acostumar com essa vida."
Todo mundo amou e liguei de novo para a repórter, acabei cedendo.
Vou vencer minha vergonha e dar um exemplo.

O programa é Tarde Livre, no canal 22, quarta-feira, 8 de abril, Dia Mundial de Combate ao Câncer, às 16:05. AO VIVO!

O blog, que eu fiz pensando em só escrever para os amigos -- até porque nem explico como tudo começou --, já está cheio de visitantes e vai ficar conhecido pela galera. Não era meu objetivo, mas tudo certo.

Evangelho de hoje: "A boca fala do que está cheio o coração."

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D11S9

Por enquanto, só esta mensagem do Evangelho: "As fortes provas, entendei-me bem, são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando aceitas por amor a Deus. É um momento supremo, e nele, sobretudo, importa não falir murmurando, se não se quer perder-lhe o fruto e ter de recomeçar. Em lugar de vos lamentardes, agradecei a Deus que vos oferece ocasião de vencer para vos dar o prêmio da vitória."

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D2S9

Opa! Só para avisar que está tudo bem.

Cada dia mais perto!!

beijocas!

Evangelho de hoje: "E a calma, no meio das tempestades da vida, não será felicidade?"

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