Quem sou eu

Eu me chamo Lara Ferreira Rocha e tenho 25 anos. Sou dentista, paciente oncológica, e moro em Fortaleza. Tenho muita história pra contar...
Em agosto de 2008, fui diagnosticada com câncer no abdômen. Meu tipo é raro, um tumor desmoplásico. Como ele, eu sou rara também. Sou animada com a vida, tenho fé em Deus, sou engraçada, sorridente, feliz, simpática e tantas vezes ingênua.
Conto, aqui, algumas de minhas novidades, além de escrever o que penso, o que vejo, o que sinto.

Eu penso muito no amor, com certeza.
Espalhe todo bom sentimento por onde andar, ame você também!



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Marília Gabriela entrevista o vicepresidente José Alencar

Na terça-feira, em pleno apagão do Brasil, todo mundo só falando em blecaute, e eu resolvi ligar a televisão, procurando por algo que prestasse na programação.

Quando chego no GNT, ouvi a voz de um senhor que me cativa sempre: José Alencar.


Como ele se expressa divinamente bem! Quisera eu ter tanto poder em minhas palavras... Ele diz o que eu sinto, como eu me sinto, mas de uma maneira que eu não sei explicar.

"Quando Deus está ajudando e deseja, como eu sinto que Deus deseja me curar... E se ele deseja, eu digo pra você que eu estou curado. Porque se ele quiser me levar, ele não precisa de câncer pra me levar; e se ele não quiser que eu vá, não há câncer que me leve."
Assim eu penso, assim eu vivo, e não é só nisso que eu concordo com nosso vicepresidente.
As pessoas são aterrorizadas com o câncer. Realmente não conseguem falar no nome dessa doença. CÂNCER.
Aqui em casa mesmo eu vejo isso. Diminui-se a palavra, ela vira CA. Assim, cêá, como se fosse o som das duas letras... E como se ela diminuísse de gravidade sendo diminuída, como se o impacto não fosse o mesmo. É que nem falar de sexo. Trocar o termo por "fazer amor" não vai tornar o assunto apropriado para aquela conversa com o chefe.

Bem, o câncer não mexe mais tanto com a minha vida. Infelizmente, ele está fazendo parte dela, mas é um aprendizado.
Nesses dias, numa conversa, minha mãe me disse que o dia mais triste da vida dela foi quando ela descobriu que eu estava doente. Eu lembro dela pegando na minha mão, com os olhos cheios d'água, dizendo que ia cuidar da bebê dela. E eu sem nem imaginar o que estava por vir...
Estranhei ela chorando e querendo não demonstrar, mas isso dói. O câncer maltrata porque ninguém sabe do que ele é capaz. Ou sabe até demais. Me dói contar isso aqui agora, com aquele negócio ruim entalado na garganta, mas é a verdade.
A gente não sabe: ele chegou faz tempo? Em quanto tempo ele se desenvolveu? Foi rápido? Será que dá pra tratar?

Mas sabe que eu tenho mais medos, não de doença. Não tenho medo do câncer. Tenho medo de tesoura, faca, garfo, canetas, tudo o que for de objeto pontiagudo, cortante, afiado -- principalmente perto dos meus olhos. Tenho um medo incrível de altura, minhas pernas ficam bambas. Tenho medo de me machucar... Talvez mais simples, né?

Eu sei que essa entrevista terminou, e eu fiquei com uma vontade imensa de ligar pra ele, falar que tinha lhe assistido, dizer o quanto eu desejo que ele fique bem, em como eu quis vê-lo em São Paulo, quando estava internado. Queria, hein?
Mas uma carta eu posso escrever...

O programa já era reprise de domingo, dia 8, mas ainda vai passar no sábado, dia 14, às 10:30h e às 15 horas... Não sei se exatamente nessas horas, devido ao horário de verão. Verifiquem aí!

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