Caridade não é para ser explícita, não é pra ser esbanjada, mas vou logo falar aqui, porque acabei fazendo nada por essa criatura...
Esses dias eu estava, como num dia comum, tirando o carro da garagem para o outro sair. Quando eu passei pelo portão, vi um homem no chão. Tomei um susto, não tinha enxergado ele alí, podia tê-lo atropelado, caso resolvesse andar.
Do outro lado da rua, enquanto esperava, fiquei observando-o. Ele se movimentava e ia pedindo ajuda a quem passava, e ninguém dava bola. Vi, por duas vezes, ele fazer uma carinha de "Essas pessoas não têm jeito", balançando com a cabeça.
E eu pensei a mesma coisa...
Ele não andava normalmente. Tinha algum problema nas pernas, que não pude identificar. De certa forma, ele se locomovia: sentava com o bumbum no chão e era impulsinado pela força das mãos, e os pés apoiavam o corpo. Ele vestia somente uma bermudinha.
Fiquei ali pensando em como ele conseguia ficar daquele jeito, no asfalto quente, passeando pra lá e pra cá, sem proteção alguma.
Entrei em casa, troquei de roupa rapidamente (estava sem condições de sair, juro) e fui caçar um par de chinelos que não são mais usados. Pronto, encontrei.
Peguei a chave e saí atrás do homem.
Fui pensando "Vou sair de casa só pra isso mesmo, porque não saio de casa a pé de jeito nenhum."
O homem estava no quarteirão vizinho, não havia ido longe. Assim que o alcancei, ofereci as sandálias, e ele me disse um não.
Não foi um "Não, obrigada, eu ando assim porque quero.", foi um "Não, eu moro na Varjota."
Meu Deus, eu fui como voltei: com as chinelas na mão. Um monte de gente na rua acompanhando a minha volta. Acho que estava todo mundo só esperando pra ver o que ia acontecer.
Mas me diz uma coisa: o que tem ele não aceitar o que eu pude oferecer na hora? Bem, pra mim era mais do que preciso um par de sandálias para andar no chão.
Diferente do que possa estar parecendo, eu não fiquei indignada, mas me foi muto estranho.
Eu não negaria receber uma ajuda, por que ele negou?
Morar na Varjota, pra mim, não responde. Meu bairro é pequeno, mas quem anda a pé já dá uma volta, imagine se você não tem tanta mobilidade assim.
Às vezes algumas pessoas têm orgulho, né? Ou estou enganada?
Esses dias eu estava, como num dia comum, tirando o carro da garagem para o outro sair. Quando eu passei pelo portão, vi um homem no chão. Tomei um susto, não tinha enxergado ele alí, podia tê-lo atropelado, caso resolvesse andar.
Do outro lado da rua, enquanto esperava, fiquei observando-o. Ele se movimentava e ia pedindo ajuda a quem passava, e ninguém dava bola. Vi, por duas vezes, ele fazer uma carinha de "Essas pessoas não têm jeito", balançando com a cabeça.
E eu pensei a mesma coisa...
Ele não andava normalmente. Tinha algum problema nas pernas, que não pude identificar. De certa forma, ele se locomovia: sentava com o bumbum no chão e era impulsinado pela força das mãos, e os pés apoiavam o corpo. Ele vestia somente uma bermudinha.
Fiquei ali pensando em como ele conseguia ficar daquele jeito, no asfalto quente, passeando pra lá e pra cá, sem proteção alguma.
Entrei em casa, troquei de roupa rapidamente (estava sem condições de sair, juro) e fui caçar um par de chinelos que não são mais usados. Pronto, encontrei.
Peguei a chave e saí atrás do homem.
Fui pensando "Vou sair de casa só pra isso mesmo, porque não saio de casa a pé de jeito nenhum."
O homem estava no quarteirão vizinho, não havia ido longe. Assim que o alcancei, ofereci as sandálias, e ele me disse um não.
Não foi um "Não, obrigada, eu ando assim porque quero.", foi um "Não, eu moro na Varjota."
Meu Deus, eu fui como voltei: com as chinelas na mão. Um monte de gente na rua acompanhando a minha volta. Acho que estava todo mundo só esperando pra ver o que ia acontecer.
Mas me diz uma coisa: o que tem ele não aceitar o que eu pude oferecer na hora? Bem, pra mim era mais do que preciso um par de sandálias para andar no chão.
Diferente do que possa estar parecendo, eu não fiquei indignada, mas me foi muto estranho.
Eu não negaria receber uma ajuda, por que ele negou?
Morar na Varjota, pra mim, não responde. Meu bairro é pequeno, mas quem anda a pé já dá uma volta, imagine se você não tem tanta mobilidade assim.
Às vezes algumas pessoas têm orgulho, né? Ou estou enganada?
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