Quem sou eu

Eu me chamo Lara Ferreira Rocha e tenho 25 anos. Sou dentista, paciente oncológica, e moro em Fortaleza. Tenho muita história pra contar...
Em agosto de 2008, fui diagnosticada com câncer no abdômen. Meu tipo é raro, um tumor desmoplásico. Como ele, eu sou rara também. Sou animada com a vida, tenho fé em Deus, sou engraçada, sorridente, feliz, simpática e tantas vezes ingênua.
Conto, aqui, algumas de minhas novidades, além de escrever o que penso, o que vejo, o que sinto.

Eu penso muito no amor, com certeza.
Espalhe todo bom sentimento por onde andar, ame você também!



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Doação de medula óssea

Ontem foi o assunto do dia: doação de medula óssea.
Eu nem tinha percebido nada, estava ocupada, mas tudo girava sobre isso.
Hoje pela manhã, na quimioterapia, estava assistindo ao programa Mais Você e eles entraram nessa questão.

Engraçado como a Ana Maria Braga relata esse cansaço inicial, eu nem lembrava disso. Mas eu dormia, gente, eu dormia tanto, que eu mal saía da cama. Minhas forças, oh, se esvaíam na maior facilidade.
Achava que era da dor na perna, mas que nada!

Um dia, conversando com uma paciente oncológica lá no Sírio Libanês, eu me toquei de como as histórias se repetem, a demora nos diagnósticos, sintomas parecidos, e o despreparo de alguns profissionais ao lidar com a doença. É complicado...

Então, voltando ao assunto, o programa entrou fundo no assunto leucemia, que realmente está ligado à doação de medula óssea.
O Mais Você recebeu a gaúcha Mariana Eidt, de 27 anos (achei que ela tivesse a minha idade!), que se submeteu a tratamento durante o ano passado, mas a leucemia voltou, e ela precisa de um doador urgentemente.

Quem quiser e tiver vontade de ser um doador, é fácil: você precisa ter entre 18 e 58 anos de idade e ir ao hemocentro de sua cidade, onde preencherá um formulário com dados pessoais e terá uma amostra de sangue coletada para testes. Você pode se cadastrar no REDOME até os 56 anos de idade, mas poderá doar até os 60 anos.
Estes testes sanguíneos determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

Todo paciente que se dispõe a ser um doador de medula óssea é cadastrado no REDOME, como é mais conhecido o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea.
O REDOME não é restrito ao âmbito estadual, muito menos ao federal. Com a entrevista da Ana Maria Braga, descobri que o Brasil é um dos países que tem mais usuários cadastrados. Além disso, os dados podem ser acessados por instituições de outros países, o que facilita ainda mais encontrar o seu "par perfeito".

Às vezes, os familiares não são compatíveis, então o que resta é apelar mesmo para essa ajuda.
Os dados pessoais e os resultados dos testes do doador são armazenados em um sistema informatizado -- e não são divulgados para terceiros --, onde se realiza um cruzamento com os dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares, daí, tudo dando certo, ele poderá realizar a doação.

O problema é que nem todas as pessoas são inscritas no REDOME, então o controle não é livre de obstáculos. E, falando a verdade, a chance de encontrar uma medula compatível é, na média, de 1 a 100 mil.
Por isso, eis aqui a probabilidade mais que óbvia: quanto mais pessoas no REDOME, existirão mais pessoas dispostas a se solidarizar, e mais rapidamente um doador poderá ser contactado.

Eu já me propus a doar a minha medula, fui ao HEMOCE e fiz todos os procedimentos necessários, mas acho que não posso mais fazer essa caridade, infelizmente.
(Acabei de verificar e realmente não posso.)

Você, que tem a saúde de ferro, por que não perde umas horinhas dos seu dia e passa lá? Não demora quase nada, e você pode dar continuidade à uma vida!

Informações extras aqui e aqui.

Beijo grande!

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