Quem sou eu

Eu me chamo Lara Ferreira Rocha e tenho 25 anos. Sou dentista, paciente oncológica, e moro em Fortaleza. Tenho muita história pra contar...
Em agosto de 2008, fui diagnosticada com câncer no abdômen. Meu tipo é raro, um tumor desmoplásico. Como ele, eu sou rara também. Sou animada com a vida, tenho fé em Deus, sou engraçada, sorridente, feliz, simpática e tantas vezes ingênua.
Conto, aqui, algumas de minhas novidades, além de escrever o que penso, o que vejo, o que sinto.

Eu penso muito no amor, com certeza.
Espalhe todo bom sentimento por onde andar, ame você também!



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Qual porta você escolheu?

No último domingo, dia 5, o programa Domingo Espetacular, da rede Record, exibiu uma longa reportagem sobre ex-milionários. A grande maioria dos entrevistados ganhou uma bolada na Mega-Sena, alguns anos atrás, e perderam a fortuna. Sobrou nadinha.

Uma dessas criaturas, chamada Antônio Domingos, chegou a receber o equivalente a 30 milhõres de reais. Ele tinha 19 anos. Resolveu viver em um hotel, ao invés de comprar e investir em móveis. E não era numa suíte qualquer, era na suíte presidencial.
Todo dia era uma mulher diferente, comidas diferentes, roupas diferentes. Se o carro desse prego, ele ia lá e comprava outro. Tudo o que ele tinha tornou-se descartável.



Como um dos maiores prêmios da Sena saiu no sábado, esse era um assunto bastante comentado. Eu não joguei, não costumo jogar, mas quem não quer dinheiro fácil??
De fato, mais de 80 milhões, que foi o que saiu no último sorteio, não me fariam bem. O que fazer com tanto? Viver de excessos? Não, obrigada.

Durante a reportagem, fiquei pensando no que se passava pela cabeça dessas pessoas. Sem esforço, recebem um presente que pode mudar a vida delas -- e dos outros.
É um presente porque é uma oportunidade de mudança. Mesmo que seja material, com os intrumentos certos, com incentivos, pode-se fazer enormes caridades.
(Mesmo sem capital, caridades podem ser feitas, basta querer.)

Daí eu observo o quanto gastamos com supérfluo, quando não conseguimos dar um centavo a ninguém, quando não conseguimos dar uma palavra amiga.
Daí eu observo que, naturalmente, corremos para atravessar a porta larga, aporta das facilidades, a porta dos exageros, a porta por onde nos levam.
Ela é tão mais fácil de entrar, né? Todos passam por ela.

Caimos no erro como patos. O interessante é que nossa consciência existe, mas só conseguimos nos iludir com o quanto aquela porta nos é boa.
Demoramos pra perceber -- eu demoro anos --, e então podemos verificar que àquela época, seria melhor se tivéssemos feito de outra maneira.
Mas não dá pra voltar o passado. Infelizmente.

Eu estou na fase de analisar os acontecimentos. Analiso mesmo. Alguns na hora exata, outros só mais tarde.
Por isso, eu vejo comportamentos que me deixam bastante embaraçada. Fico pensando naquilo, em como nossa mente nos manipula, mesmo quando não queremos agir de tal forma.

É bom sempre pensar, raciocinar, ver o que será melhor. A vida é curta, e é só aqui que a gente cresce e evolui.

No dicionário divino não existe o termo "privilégio". Esforce-se.

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