Quem sou eu

Eu me chamo Lara Ferreira Rocha e tenho 25 anos. Sou dentista, paciente oncológica, e moro em Fortaleza. Tenho muita história pra contar...
Em agosto de 2008, fui diagnosticada com câncer no abdômen. Meu tipo é raro, um tumor desmoplásico. Como ele, eu sou rara também. Sou animada com a vida, tenho fé em Deus, sou engraçada, sorridente, feliz, simpática e tantas vezes ingênua.
Conto, aqui, algumas de minhas novidades, além de escrever o que penso, o que vejo, o que sinto.

Eu penso muito no amor, com certeza.
Espalhe todo bom sentimento por onde andar, ame você também!



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Complicado

Essas mãozinhas que aqui escrevem pertencem a um corpinho complicado: ele vive pregando peças em mim, e ainda estamos longe de abril!

Eis aqui o meu relato:
A pessoa, depois de dias que merecem ser esquecidos, se sente a maravilha das maravilhas. Comendo de tudo, com coragem pra sair de casa, uma beleza.
Começou uma chuva enorme, mas eu tinha que fazer um exame de sangue, lá fui eu, ontem, pro laboratório.
Tive uma boa conversa com a atendente, falamos sobre tratamento quimioterápico, achei todos tão simpáticos!

Hoje, acordei com sono, mas pronta para o tratamento. Tomei o café-da-manhã, peguei o resultado dos exames, e fui para o consultório do meu médico. Entreguei os exames e fui me pesar, como de costume.
O relógio rodando, e uma das recepcionistas vem me avisar que ele quer me ver. Isto é, que eu vou ter uma consulta com ele.
"Ué, não tinha marcado nada, acho que ele viu algo", eu pensei.

Não sei como é que pode, mas ele mencionou que meu fígado ainda estava com alguns marcadores altos em alguns quesitos importantes, e que era melhor eu fazer uma ultrassonografia, para que ele pudesse liberar o tratamento.

Voltei pra casa, cochilei, e retornei para o hospital, onde havia marcado o ultrassom. E de jejum, hein?
Nem o plano de saúde quis colaborar, quase não autorizam eu realizar a imagem.
Depois de penar um pouco com a galera do plano, deu tudo certo e eu entrei na salinha.

De novo, conversei bastante com o médico que me atendeu. Foi o mesmo que havia realizado este mesmo exame há um mês, quando eu ainda não tinha colocado o stent.
Achei que estivesse tudo na maior paz, mas quando fui ligar para o meu médico, pensando que ele ia mandar eu subir e começar o tratamento, ele avisou que não tinha condições de fazer nada.
Concluindo: meu fígado está abatido. Coitado, não sei o que faço com ele.

Eu falei no começo do post, e realmente tenho me sentido muito bem, mas (in)felizmente, alguns sintomas não são percebidos por mim e nem exteriorizados pelo meu organismo.

Acabou que tive que vir pra casa, e agora tô no aguardo, assim como vocês.

2 comentários:

Lívia Fiuza disse...

Tô super no aguardo! Beijo, amiga!

lucia maia disse...

A gente lendo assim parece apenas uma narração....agora vamos passar por todas essas etapas..ai sabemos o quanto é angustiante esperar....ouvir a decisão do médico e etc.
nem gosto de lembrar.
Esse meu tb tá cheio de marmota, até o hemangioma já está dificil de ver por ser cavernoso e ainda tem a estaetose bastante acentuada além de está crescido....mas tô aqui, curtindo um dia por vez, contemplanto até um prato de comida e procurando ser feliz como se o agora fosse o eternamente! estamos ai amiga a cada dia mais um passo! como diz meu médico o mais importante é como vc se sente!

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