Como dentista, eu entro em contato com muitas secreções de pacientes, uma vez que a cárie é uma doença transmissível (ficou surpreso?) e o consultório é um nicho agradabilíssimo às bactérias.
Na faculdade, a biossegurança é um quesito de grande relevância: nada de sair de jaleco pelos corredores, nada de usar algo que não estiver estéril, nada de deixar cair instrumental no chão e devolver à bandeja. Por opção e por necessidade, eu sempre tentei ser a pessoa mais limpinha possível, e até tenho bastante repulsa a quem não é assim.
Porque, acreditem ou não, alguns profissionais são meio porquinhos. Os alunos, principalmente, adoram "escapadinhas" de higiene, já que o trabalho de limpeza é todo deles. Sim, na graduação, além de fazermos o trabalho de dentistas, fazemos também o dos auxiliares, e lavamos, enxugamos, lacramos, etiquetamos e empacotamos nossos instrumentais, inclusive passamos álcool nos materias utilizados por nós etc. É trabalhoso!
Isso não significa que todo aluno de odontologia faz isso, de modo algum. Até porque, acreditem ou não, o futuro dentista e o dentista são os profissionais da saúde mais limpos que eu conheço.
Tem coisa mais nojenta que gente que anda de jaleco fora de hospitais/clínicas? Fico doente, ô coisa do meu abuso!
Povo sem a mínima noção de biosseguranca, e é porque é da área da saúde. Imagine se não tivesse diploma, se não tivesse passado anos estudando como as bactérias podem ser transmitidas a outras pessoas, como se não ligassem pros outros.
Haja ignorância e sujeira!
Escolhi esse assunto pra abordar porque, semana passada, fui ao McDonald's e, ao meu lado, vinha uma enfermeira, vestindo um jalequinho lindo azul, fazer um pedido.
Olhei-a de cima à baixo, verifiquei o local de trabalho da criatura (normalmente encontra-se na manga da roupa) e concluí: não vou lá.
Não é frescura minha, pode ter certeza.
Ontem, quando fui à padaria, lá estava uma senhora vestindo jaleco. Jaleco branco. Mas patógeno tem cor? Já conseguiu visualizar bactérias a olho nu? E vírus, viu?
O povo só quer esconder jaleco quando tá sujo de sangue, e olhe lá.
Tem uns profissionais que acham o jaleco tão magestoso, que usam até com acessórios, como, por exemplo, o estetoscópio pendurado no pescoço.
Biossegurança, pra quem não sabe, é a união de "proteção" e "vida". Finalidade, portanto, de proteger vidas, de vidas sem perigos.
A minha revolta vem do fato de que ela parte de princípios básicos, que dizem que os profissionais devem tomar medidas para proteger a sua saúde e a da sua equipe, evitar contato direto com matéria orgânica, limitar a propagação de microorganismos e tornar seguro o uso de artigos, peças anatômicas e superfícies.
Andando pra lá e pra cá de jaleco, quaisquer profissionais estão sujeitos a invalidar todos esses princípios.
Entram em contato com pacientes com inúmeras enfermidades, algumas das quais desconhecidas pelos próprios pacientes, e tudo respinga em nossa vestimenta, fica podre de sebosa.
Com esses passeios, os profissionais espalham esses seres microscópicos, podendo provocar doenças em pessoas que não tinham nada a ver com aquilo.
Dá pra entender a minha preocupação?
Galera da saúde, não cooperem com as bactérias!! Cuidem-se, que é melhor.
Por favor, esse post não foi direcionado especificamente a ninguém. Se você se viu em minhas palavras em relação à sujeira em ambiente clínico e fora dele, abra os olhos e tente mudar seus hábitos... para o seu bem.
Na faculdade, a biossegurança é um quesito de grande relevância: nada de sair de jaleco pelos corredores, nada de usar algo que não estiver estéril, nada de deixar cair instrumental no chão e devolver à bandeja. Por opção e por necessidade, eu sempre tentei ser a pessoa mais limpinha possível, e até tenho bastante repulsa a quem não é assim.
Porque, acreditem ou não, alguns profissionais são meio porquinhos. Os alunos, principalmente, adoram "escapadinhas" de higiene, já que o trabalho de limpeza é todo deles. Sim, na graduação, além de fazermos o trabalho de dentistas, fazemos também o dos auxiliares, e lavamos, enxugamos, lacramos, etiquetamos e empacotamos nossos instrumentais, inclusive passamos álcool nos materias utilizados por nós etc. É trabalhoso!
Isso não significa que todo aluno de odontologia faz isso, de modo algum. Até porque, acreditem ou não, o futuro dentista e o dentista são os profissionais da saúde mais limpos que eu conheço.
Tem coisa mais nojenta que gente que anda de jaleco fora de hospitais/clínicas? Fico doente, ô coisa do meu abuso!
Povo sem a mínima noção de biosseguranca, e é porque é da área da saúde. Imagine se não tivesse diploma, se não tivesse passado anos estudando como as bactérias podem ser transmitidas a outras pessoas, como se não ligassem pros outros.
Haja ignorância e sujeira!
Escolhi esse assunto pra abordar porque, semana passada, fui ao McDonald's e, ao meu lado, vinha uma enfermeira, vestindo um jalequinho lindo azul, fazer um pedido.
Olhei-a de cima à baixo, verifiquei o local de trabalho da criatura (normalmente encontra-se na manga da roupa) e concluí: não vou lá.
Não é frescura minha, pode ter certeza.
Ontem, quando fui à padaria, lá estava uma senhora vestindo jaleco. Jaleco branco. Mas patógeno tem cor? Já conseguiu visualizar bactérias a olho nu? E vírus, viu?
O povo só quer esconder jaleco quando tá sujo de sangue, e olhe lá.
Tem uns profissionais que acham o jaleco tão magestoso, que usam até com acessórios, como, por exemplo, o estetoscópio pendurado no pescoço.
Biossegurança, pra quem não sabe, é a união de "proteção" e "vida". Finalidade, portanto, de proteger vidas, de vidas sem perigos.
A minha revolta vem do fato de que ela parte de princípios básicos, que dizem que os profissionais devem tomar medidas para proteger a sua saúde e a da sua equipe, evitar contato direto com matéria orgânica, limitar a propagação de microorganismos e tornar seguro o uso de artigos, peças anatômicas e superfícies.
Andando pra lá e pra cá de jaleco, quaisquer profissionais estão sujeitos a invalidar todos esses princípios.
Entram em contato com pacientes com inúmeras enfermidades, algumas das quais desconhecidas pelos próprios pacientes, e tudo respinga em nossa vestimenta, fica podre de sebosa.
Com esses passeios, os profissionais espalham esses seres microscópicos, podendo provocar doenças em pessoas que não tinham nada a ver com aquilo.
Dá pra entender a minha preocupação?
Galera da saúde, não cooperem com as bactérias!! Cuidem-se, que é melhor.
Por favor, esse post não foi direcionado especificamente a ninguém. Se você se viu em minhas palavras em relação à sujeira em ambiente clínico e fora dele, abra os olhos e tente mudar seus hábitos... para o seu bem.
2 comentários:
Lara, tu escreve muito bem!E concordo, jaleco na rua não dá!!
Obrigada, Celina! :)
Acho que todo dentista concorda, viu? A gente sofre com isso!
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